O crescimento da população, o desenvolvimento econômico e industrial e a urbanização fizeram crescer o consumo de bens e serviços no Brasil e no mundo. Como consequência disso, cresceu também o volume de lixo produzido.
O descarte inadequado dos resíduos sólidos que geramos, causados pela desinformação e falta de infraestrutura necessária para que, através da reciclagem, ocorra o reaproveitamento de matérias-primas, fazem com que aproximadamente 40% do volume total desses resíduos sólidos sejam, juntamente com o lixo comum, enviados a 3.000 lixões a céu aberto existentes no Brasil atualmente.
Entre outras fontes de poluição, os lixões a céu aberto também são apontados como fontes responsáveis pelo aquecimento global. Isso ocorre em função da emissão de Gases do Efeito Estufa (GEEs) gerados na decomposição da matéria orgânica presente no lixo; entre esses gases estão o metano, que, similar ao gás carbônico, obstrui a dissipação do calor terrestre para o espaço, provocando o crescente e gradativo aquecimento global.
A Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), instituída pela Lei 12.187, de 2009, e regulamentada pelo Decreto 7.390, de 2010, oficializa o compromisso voluntário do Brasil em reduzir as emissões de GEEs entre 36,1% e 38,9% no que é projetado para o ano de 2020.
Já a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12.305, de 2010, que prevê o fechamento dos lixões a céu aberto, estabelece objetivos e responsabilidades para a gestão integrada dos resíduos sólidos, surgindo como uma ferramenta para diminuir a emissão dos GEEs e alcançar a meta estabelecida na PNMC.
Se alcançada, essa meta beneficiará a natureza, o meio ambiente, a biodiversidade e a todos nós (gerações atuais e futuras). Vamos fazer a nossa parte, contribuindo com o descarte seletivo dos resíduos sólidos, destinando-os para a reciclagem?