Você sabia que nos últimos 65 anos, o mundo produziu 8,3 bilhões de toneladas de plásticos e reciclou apenas 9%? Isso nos faz pensar “mas onde foram parar os 7,5 bilhões de toneladas de plásticos não reciclados?”.
Atualmente, somente 14% das embalagens plásticas pós-consumo descartadas no mundo são enviadas para as usinas de reciclagem. Do volume total descartado, 40% é enviado aos aterros sanitários; o restante (46%) é descartado de maneira inadequada, despejado em córregos e rios, atingindo os mares e causando mais e mais poluição. É como se despejássemos, nos mares, o volume de plástico correspondente a um caminhão de lixo por minuto!
Se não reduzirmos esse fluxo, implementando a reutilização plena da matéria-prima existente nos plásticos descartados (a exemplo de como fazemos, no Brasil, com as latinhas de alumínio, onde 98% volta ao ciclo produtivo após reciclagem), como ficarão nossos mares daqui a alguns anos? Haverá vida neles?
Reciclagem do plástico
A reciclagem e reutilização da matéria-prima existente no plástico é segura e composta basicamente por 7 etapas:
a) triagem, onde os plásticos são separados por tipo;
b) nova seleção, dessa vez por tipo, onde o PET, por exemplo é separado por cor;
c) passagem pelo moinho de facas, onde o material é moído;
d) lavagem e secagem do material;
e) passagem pelo aglutinador, que aquece e resfria o material;
f) passagem pela extrusora, que funde, homogeniza o material e o transforma em tiras (spaghetti);
g) as tiras resfriadas são picotadas e ensacadas para envio às fábricas de artefatos plásticos.
O plástico reciclado é utilizado, principalmente, na fabricação de embalagens, sacos plásticos, peças automotivas, componentes para eletrodomésticos, tubos de conexão, revestimentos e tecidos, entre outros.
Considerando os benefícios que a reciclagem do plástico proporciona ao meio ambiente, e pelo pouco mencionado anteriormente, devemos refletir e incentivar o consumo de produtos que utilizam matéria-prima reciclada na sua composição. Dessa forma, estaremos ajudando a tornar realidade o ciclo necessário para a sustentabilidade da vida em nosso planeta.