Antes do COVID-19 começar a se manifestar pelo mundo, 2020 parecia ser um ano em que a economia circular, sustentabilidade e preservação do meio ambiente finalmente teriam prioridade.
Uma lista crescente de empresas de consumo como a Coca-Cola, que produz cerca de 117 bilhões de garrafas plásticas a cada ano, estabeleceu metas para reduzir a dependência de embalagens plásticas. A França proibiu pratos, copos e talheres de uso único a partir de 1º de janeiro. A Inglaterra adotará restrições sobre canudos e mexedores de café de plástico a partir deste mês. Em 1º de março, Nova York entrou para a lista de cidades ao redor do mundo que proibiram a distribuição de sacolas plásticas por varejistas.
Esses são alguns exemplos de que estávamos trilhando o caminho certo. Tudo estava caminhando para um mundo MAIS VERDE… MAS AÍ…
O vírus atingiu diretamente nos pontos fortes do setor de descartabilidade e higiene. Um relatório divulgado pela empresa BloombergNEF na semana passada revelou que, pelo menos a curto prazo, os temores dos oponentes dos plásticos podem ser válidos, ou seja, as preocupações com a higiene dos alimentos devido à Covid-19 podem aumentar o uso de embalagens plásticas, desfazendo parte do progresso inicial das empresas.
Sendo assim, será que estamos voltando à estaca zero?
Apenas uma semana depois da confirmação do primeiro caso de Covid-19 por transmissão local nos Estados Unidos, a rede franquiada de café Starbucks, por exemplo, proibiu temporariamente os clientes de trazerem canecas de café reutilizáveis.
A saúde pública vem em primeiro lugar, claro, mas e o dinheiro? É um notório transportador de germes e o que a empresa fez em relação a isso?
Outro problema que estamos enfrentando são os descartes de uso higiênico de forma errada. Um grupo de ambientalistas em Hong Kong estão encontrando máscaras descartáveis pelas praias do país.
Há semanas os habitantes de Hong Kong vêm usando máscaras descartáveis todos os dias na esperança de evitar o novo coronavírus, que já infectou 126 pessoas na cidade e matou três delas.
O problema é que muitas máscaras não são descartadas devidamente e estão aparecendo amontoadas e flutuando no mar, onde a vida marinha pode confundi-las com comida. Essas máscaras também estão sendo vistas nas praias ao lado das sacolas plásticas de praxe e outros tipos de detritos.
Os grupos de ambientalistas, que já lutam contra o fluxo de lixo marinho da China continental e de outras partes, dizem que as máscaras usadas para se proteger do novo coronavírus e que são descartadas de forma errada, agravaram o problema provocando preocupação com a disseminação de germes. Segundo os participantes dos grupos, eles recolheram apenas máscaras das praias nas últimas seis a oito semanas.
Novamente a Revita, maior recicladora de embalagens longa vida do Brasil, não está aqui para culpar ninguém. Estamos apenas mostrando o que está acontecendo. Existe uma série de ações incoerentes com a situação que estamos passando. Não há culpados pelos vírus, mas há culpados sim quando falamos do descarte incorreto de lixo e principalmente em tempos como esse.
Como queremos nos proteger se estamos jogando máscaras por aí contendo um amontoado de germes? Como queremos lidar de forma sensata com a situação se não estamos respeitando novamente o meio ambiente?
Sim, era evidente que os esforços mundiais em busca de um mundo mais verde e limpo seria prejudicado, assim como qualquer outro setor ou trabalho por aí, mas a presença de um vírus não significa que obtivemos um passe livre para sermos imprudentes e irresponsáveis com o nosso planeta, DE NOVO.
Então a Revita alerta, fique e casa, tome as medidas de higiene e FAÇA O DESCARTE CORRETO! Não há desculpas para deixar o nosso mundo de lado. #ajudeoplaneta