Esta semana, uma das melhores notícias sobre o mundo animal que poderíamos ter, veio junto de um grito que ecoa pelo sertão da Bahia. O chamado vem de uma das 1.700 araras-azul-de-lear que vivem na região do Raso da Catarina, na caatinga, o bioma mais biodiverso do planeta. Elas só existem nesta parte do mundo e até pouco tempo atrás não existiam mais.
Para evitar que as espécies fossem extinguidas, projetos de preservação no Raso da Catariana foram criados. Uma proteção para as araras e outros animais que estavam em perigo de extinção na caatinga. Atualmente, o bioma abriga ao todo 182 animais ameaçados. Desses, 46 existem apenas nesse bioma. Então, para evitar mais desastres, as ações focam em projetos para reinserir certas espécies no mundo animal.
Monogâmicas, voam em duplas ou em trio, quando o filhote ainda não se desprendeu dos pais. No amanhecer, elas saem em busca do licuri, um coquinho que cresce aos cachos em palmeiras da região. Chegam a percorrer até 60 km ao dia atrás de alimento. Ao entardecer, retornam à morada.
No caso das araras, os esforços para recuperar a população passam pela manutenção dos espaços nos quais elas vivem, pela educação ambiental e pela luta contra o tráfico de animais, já que ela é uma das espécies com fortes índices de contrabando.
Para que a arara-azul-de-lear não tenha o mesmo destino da ararinha-azul (que ficou extinta por 20 vinte anos), diversos projetos estão sendo desenvolvidos para estimular o crescimento da população, que vive e se alimenta na região de Canudos, Serra Branca, Euclides da Cunha, Jeremoabo, Santa Brígida e Baixa do Chico. Eles são focados em preservação da área e do licuri, principal alimento desta ave.
Com o crescimento da população, as araras-de-lear estão se espalhando para outras áreas. Uma delas é o cânion seco da Baixa do Chico, que fica dentro da reserva indígena da tribo dos Pankarares. Um lugar perfeito para se sentirem seguras.
“Elas sumiram porque foram perseguidas, caçadas, capturadas e perturbadas nos dormitórios”, explica a bióloga Erica Pacífico, coordenadora geral do grupo de pesquisa e conservação da arara-azul-de-lear. “A presença destas aves nesta região era constante até 1980. Depois, não apareceram mais.”
Agora a espécie está retornando seu habitat para continuar a viver, sob a supervisão rígida do instituto Chico Science e os projetos do Raso Da Catarina. A ideia de reincidi-las na natureza neste momento foi uma boa iniciativa. Com a pandemia ainda em crescimento, as arara-azul-de-lear podem ser reintroduzidas dentro dos territórios sem que não haja interferência humana.
Da mesma forma que praticamos, de forma equivocada ou não, certas atitudes com o nosso mundo, temos o poder de desfazer e melhorar cada vez mais. Então, a Revita, recicladora de embalagens longa vida, tem muito orgulho de trazer notícias e texto como esses, porque sabemos que se conseguimos pelo menos mudar a mentalidade de uma pessoa, já é uma vitória para nós e para o Planeta! #repense