ESTAMOS SOZINHOS?

Astrônomos conseguiram rastrear um misterioso sinal de rádio repetido no espaço. Essa é a quinta vez que uma descoberta do tipo acontece. Mas, pela primeira vez, a galáxia de origem do sinal está fazendo cientistas repensarem as suposições sobre como essas ondas são geradas.

Um dos fenômenos que mais intriga os astrônomos são as “explosões rápidas de rádio” (FRBs, ou “Fast Radio Bursts”), fontes ultra-rápidas de radiação eletromagnética de altíssima intensidade, com energia equivalente a 500 milhões de sóis e duração de apenas alguns milissegundos.

Ainda não se sabe quais suas causas, mas algumas das suposições que os cientistas tinham sobre o fenômeno estão sendo desafiadas por uma nova descoberta.

Este novo sinal, batizado de FRB 180916, emitiu quatro sinais em cerca de 5 horas. Os cientistas identificaram a fonte como uma região de sete anos-luz de diâmetro na galáxia espiral SDSS J015800.28+654253.0, a meia bilhão de anos-luz de nós, o que o torna a FRB mais próxima já detectada.

A região de origem é distante do centro galáctico, e o sinal não sofre a mesma distorção eletromagnética encontrada em FRB 121102. Ou seja, embora o sinal seja similar, as condições que levaram à sua origem são provavelmente muito diferentes.

Tudo isso nos faz pensar um pouco… Por que estamos indo atrás de outro planeta? Apenas curiosidade?

Assim como outros visionários, Elon Musk diz que quer enviar mais de 1 milhão de pessoas para Marte até 2050. Em entrevistas sobre o assunto ele diz que quer usar o planeta como uma “segunda Terra”. Então, esse é o principal motivo de irmos atrás de outros planetas? Para serem substitutos desse?

A parte irônica dessa ideia é que não precisamos de uma “segunda Terra”, apenas devemos cuidar de maneira correta da nossa. E mesmo que achássemos um mundo igual a esse ou os planos do dono da SpaceX funcione, ambos seriam quase impossíveis. Um outro planeta como o nosso é muito possível, mas teoricamente inalcançável. O mais próximo de nós fica há 720 anos-luz daqui.

O objetivo de Elon Musk não seria uma má ideia, mas para isso ele precisa conseguir fazer com que todas as nações trabalharem juntas… Tarefa difícil?  Podemos dizer que é uma ideia quase inviável. A Verdade? Não temos como sair dessa Terra que estamos agora e vai demorar muito para esse dia chegar.

E o que fazemos até lá? Deixamos de lado essa aqui. Queimamos, poluímos, desgastamos, fazemos tudo sem pensar no futuro da humanidade. E se as estimativas para 2050, que já falamos por aqui, realmente acontecerem? Temos muito pouco tempo, apenas 30 anos.

O que não entendemos (e precisamos fazer isso o mais rápido possível) é que, neste momento, estamos sozinhos. Não há outro lugar que possamos ir. Não há no momento uma “segunda Terra”. Até onde sabemos, não foi encontrado nenhuma vida extraterrestre que possa nos salvar, é apenas nós em um raio de bilhões de anos-luz.

Mas há uma alternativa: trabalhar juntos para vivermos um futuro melhor. Não vai demorar muito tempo para esgotarmos o nosso planeta. Pequenas atitudes contam.

A Revita, como recicladora de embalagens longa vida, não apenas se importa com o meio ambiente, mas com tudo e todos que se conectam neste planeta azul. Trouxemos esse texto como forma de reflexão.

Para finalizar, deixaremos um trecho do livro “Pálido ponto azul” do escritor e cientista Carl Sagan.

“O nosso planeta, é um espécime solitário na grande e envolvente imensidão cósmica. Na nossa obscuridade e em toda essa vastidão, não há nenhum indício que a ajuda possa vir de outro lugar que possa nos salvar de nós mesmos. A Terra é o único mundo conhecido até hoje, que alberga vida. Para mim, acentua essa responsabilidade para nos acarinharmos uns para com os outros ou para protegermos nosso pálido ponto azul”.